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Taquari/RS; Canoas/RS; Esteio/RS; Sapucaia do Sul/RS, Rio Grande do Sul, Brazil
Autônomo do ramo da prevenção contra incêndio; Formando em Ciências Jurídicas e Sociais - Direito.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Comentário a A ÚLTIMA REUNIÃO DANÇANTE

Correu uma lágrima looonga... ao terminar de assistir A Última Reunião Dançante!

Era bem daquele jeito mesmo... E tem muito a ver comigo. Acho que o autor tem exatamente a minha idade. 

E, em 89, também fui a uma última Reunião Dançante. Lembro que dancei com uma menina, gordinha, muito simpática e bonita, chamada Joseane. Há anos não a tenho mais visto. Acho que já no ano seguinte eu não a via. 

Depois esses eventos mudaram tanto de nome, que acho que nem sei mais como se diz. Acho que agora é fãnque... Não?

terça-feira, 18 de junho de 2013

Dos Protestos de Junho de 2013 - O Anarquismo Conquistando o Brasil, sem saber...

Vamos ter que saber ouvir e escutar esse barulho das ruas.

Não consegui ver realizar-se a ideia que eu tinha de que os partidos deveriam disputar os movimentos. Partidos somente disputam eleição. As pessoas não querem mais partidos! Os anarquistas venceram e o sinal está aberto para eles. Os anarquistas vão mandar. Os partidos vão prestar serviço enquanto eles quiserem. Prudhon e Bakunin perderam a internacional, mas estão ganhando as ruas!  Carlos Drumond, tão bem, resta superado! Não é mais tempo de homens partidos, o tumulto não tem nome e se desenha à fogo!

Quem criou essa anomia foram os próprios partidos que, ao invés de discutirem sempre suas diferenças, vieram fazer coligações tais que comprovam sua similaridade. Perderam o sentido de ser partido. Acomodam-se no poder, todos juntos! Despejam companheiros de luta e correligionários para acomodarem coligados. 

Ganhamos, pois, os cargos de governo, quarteados com os partidos de direita e filiando a burguesia no partido. Entregamos o poder político aos  "anonymous"!

Se eu não me engano, no curso nacional da Articulação de Esquerda, Esteio/RS, 2012, Valter Pomar disse que em deixando o partido de ser uma referência para a luta dos trabalhadores, a classe dará um jeito de resolver isso. 

Vamos ter que viver um dia de cada vez. E obedecer. A ditadura agora é outra. Nunca imaginei que eu fosse assistir isso. E não faço juízo de valor! As coisas são como podem ser. Entregamos a luta e temos que reconhecer isso. E fico feliz, porque está entregue a quem de direito!

Isso era o que eu sentia e pensava no afã do que estava diante dos meus olhos. Atrás da onda, viria a verdade, bem brevemente! Ora, a burguesia induzia mais uma vez os tais "independentes" a destruírem a construção política dos trabalhadores organizados!

É impressionante como o anarquismo, inocente, pode servir ao neoliberalismo organizado!

Cuidemos, amigos! Não sermos massa de manobra nas mãos da direita raivosa! 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Escória da sociedade?


  1.      Algumas pessoas gostam muito de chamar os marginalizados de escória! Escória vem do grego, (σκωρία) "skóría" - é a ferrugem. É aquilo que sobra do (σίδερο) "sídero" - o ferro, depois da queima, da fundição, da oxidação. 

        Em português utilizamos o termo escória, em seu sentido próprio, para definir aquele pedregulho que sobra nas siderúrgicas. 

        Assim sendo, quando chamamos a alguém "escória" - significa que estamos oxidando, queimando, fundindo certa camada da sociedade? Somos nós, sociedade que produzimos nossa própria escória? Sem contar as escoriações. Mas, se contarmos, é latim, embora a escoriação, que poderia dizer-se ''excoriação'' esteja muito ligada à escória, tanto por causa como por consequência!

        A sociedade arranca o couro dos mais pobres (ex corium/latim) - depois chama o escoriado de escória (iskóría/ferrugem/grego). Será coincidência?

       Todavia a "skóría", do grego, pode ter ido, não sei, buscar, no latim, o significado de ser a pele do "sídero", o "ex corium" do ferro, a ferrugem como pele arrancada do metal! 

         Somos fortes, somos ferro se produzimos escória, ainda que Shakira diga "que el hierro siempre al calor es blando."

         Escrevi este texto, a partir de ter visto a foto de um amigo, na internet, que substituía todas as cores pela monocromática em cor de ferrugem. Talvez por ter andado em Havana tenha escolhido apresentar-se naquela cor.

        Depois percebi como pode ser interessante a maneira como a mente, às vezes, funciona de modo intermitente. Começa-se numa simples foto, passa-se por toda uma perspectiva etimológica, vai-se pela reflexão sobre a miséria, sobre a desigualdade social e retorna-se à simplicidade de uma música "pop" - já quase sem muita expressão num mundo onde tudo gira muito rápido, tudo perde a importância tão velozmente!