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Taquari/RS; Canoas/RS; Esteio/RS; Sapucaia do Sul/RS, Rio Grande do Sul, Brazil
Autônomo do ramo da prevenção contra incêndio; Formando em Ciências Jurídicas e Sociais - Direito.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

JANEIRO DE 2014 - O CORONEL FORTUNATTI E A GREVE DOS RODOVIÁRIOS DE PORTO ALEGRE/RS


O "Coronel" Fortunatti não tem mesmo preparo para gerir uma cidade como Porto Alegre. Não estranho o fato de haver saído do PT na década de 90! Desde aquela época eu não confiava na ideologia dele. Desta vez, com a greve geral dos rodoviários de Porto Alegre, ele conseguiu bater o seu recorde de incapacidade. Primeiro, acusou aos empresários de estarem incentivando a greve como pano de fundo para conseguirem reajustar o preço das passagens dos ônibus. Depois, acusa a Brigada Militar de estar prevaricando diante dos piquetes dos sindicalistas. Agora, diz que a greve é feita de meia dúzia de piqueteiros! Ora, se a categoria não estivesse aprovando essa greve, não seria meia dúzia de diretores sindicais que trancariam os ônibus nas garagens! Depois de tanto desatino, parece que agora começa vestir calças de prefeito e buscar via judicial a intervenção da força pública. A Brigada não pode, ex-ofício, impedir a manifestação das pessoas, como às vezes, erroneamente faz. Essa moda de jogar a polícia para cima dos trabalhadores não é cultivada nos governos democráticos e populares. Fortunatti se engana. Não são mais os amigos politiqueiros dele que estão no governo. Outrossim, o preço das passagens foi derrubado por movimentos populares. O aumento dos salários dos rodoviários não pode e não precisa depender disso, mas, talvez, do lucro das empresas, nesse mundo capitalista onde muitos empresários esquecem da função social e visam quase que unicamente o lucro. 

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/01/fortunati-pedira-acao-policial-contra-greve-dos-rodoviarios-na-justica.html

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Quem perguntou a Pondé o que é tradição?

Bom dia, Nati!

Fazia tempo que eu não trocava ideias contigo. Abdicar uns dias da banda larga e utilizar a tradicional 3G favorece algumas inovações ou antigas tradições... 

Quando tu dizes que Pondé é sempre radical, se "radical" significa "preso às próprias (raízes) ideias" - concordo muito contigo. Afinal, não entendo por que ele resolveu problematizar uma tal confusão de tradição com escolha de culturas passadas. 

Ademais, quem é ele para definir o que é religioso ou não?! Querer melhorar o meu "euzinho" não é menos religioso do que esquecer que ele existe. Ora, se de fato eu conseguir fazer isso, vou automaticamente deixar de ser egoísta. 

Optar pelos cultos celtas, por exemplo, é buscar a humildade, o entendimento com a natureza, contrapor-se à dominação romana e sua imposição judaico-cristã...

Isso não é tradição, mas a retomada de uma identidade! Quem teria dito a Pondé que seria tradição?

Cara doidinho, não?


Date: Mon, 27 Jan 2014 08:38:58 -0800
From: natalia souza - Campo Grande/MS
Subject: Pondé


O Pondé, sempre com suas opiniões um pouco radicais, entretanto com um fundo de verdade.No nosso admirável mundo novo, auto ajuda vale mais que consciência e atitude, não gosto de auto ajudo, gosto de exemplos pragmáticos, concretos, esses sim nos colocam de pé.As pessoas estão com sede  espiritual, mas o que vemos é um chuva de afago no ego.Yoga e, agora a cabala, tão na moda,é aquilo "quero ser uma pessoa melhor, mas, entretanto, no entanto, não obstante, não me tire do meu mundinho confortável, no qual os meus problemas resolvo com o meu analista".Tornar-me uma pessoa melhor apenas para o  meu espelho, é inútil, a evolução espiritual passa pela consciência daquilo que somos, ou seja, somos finitos e vamos morrer, e  nada, absolutamente nada, nos diferencia um do outro, isso é evolução espiritual, e é essa a carência no mundo...
Jung dizia:"Deus tem várias imagens, mas Deus nunca muda" .E, nós na nossa insipiência, buscamos Deus em vários lugares, menos nele.....Boa leitura.Nat

segunda-feira, janeiro 27, 2014


Euzinho - LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 27/01

Tradição nada tem a ver com se pintar como aborígenes pra defender reservas indígenas


A modernidade é uma declaração de guerra à ideia de tradição. Mas nós, modernos, continuamos a não perceber isso, e o resultado é que suspiramos como bobos diante do que pensamos ser uma tradição, apesar de detestarmos qualquer sinal verdadeiro de tradição.

Procuramos tradições em workshops xamânicos, espaços budistas nas Perdizes, livros baratos sobre como viviam os druidas.

São muitas as definições de tradição. Não vou dar mais uma, mas sim elencar atitudes que estão muito mais próximas do que é uma tradição do que cursos de cabala nos Jardins. Nada tenho contra estudar culturas antigas, apenas julgo um equívoco confundir a ideia de tradição com modas de uma espiritualidade de consumo.

Não existe xamã na Vila Madalena. A cabala não vai salvar meu casamento. Meditação não fará de mim uma pessoa melhor no trabalho. Imitar a alimentação de monges tibetanos não aliviará minha inveja. Frequentar cachoeiras indígenas não fará de mim uma pessoa menos consumista. Tatuar palavras védicas não me impedirá de fazer qualquer negócio pra viver mais. Visitar templos no Vietnã não fará de mim alguém menos dependente das redes sociais. Desejar isso fará de mim apenas ridículo.

Uma tradição, pra começo de conversa, nada tem a ver com "escolha". Não se escolhe uma tradição. Neste sentido, muitos rabinos têm razão em desconfiar de conversos ao judaísmo por opção. Uma tradição funciona sempre contra sua vontade, à revelia de sua consciência, submetendo-a ao imperativo que escapa à razão mais imediata. A única forma de tradição a que a maioria de nós ainda tem acesso é a língua materna.

Colocar os filhos pra dormir todos os dias é mais próximo do que é uma tradição do que estudar velhos símbolos indígenas ou brincar com eles em pousadas nas chapadas. Não poder sair à noite porque um dos filhos tem febre é tradição. Velá-lo durante a noite é tradição. Morrer de medo durante esta noite é tradição. Nada menos tradicional do que uma mulher sem filhos. Ela até pode aprender capoeira, mas será apenas iludida, se sua intenção for experimentar a tradição afro.

Nada tenho contra mulheres não terem filhos, digo apenas, de forma modesta, o que é uma tradição.

Homens que sustentam sua mulher e filhos são tradicionais, mesmo em tempos como os nossos em que todo mundo mente sobre isso. Levar seus velhos ao hospital, enterrá-los, em agonia ou com absoluta indiferença, é tradição. Andar pela casa à noite pra ver se tem algum ladrão, enquanto sua mulher e filhos ficam protegidos no quarto, é tradição. Ser obrigado a ser corajoso é uma tradição, maldita, mas é.

Pular sete ondas numa Copacabana lotada nada tem de tradicional, é apenas chato. Tradição é ir pra guerra se não sua mulher achará você covarde. Lavar louça, fazer o jantar, lavar banheiros, morrer de medo diante do médico. Falar disso pra quem vive uma situação semelhante a você. Ter que passar nas provas na escola. Ter que ser melhor do que os colegas. Sangrar todo mês.

Tradição é pagar contas, enfrentar finais de semana vazios e não desistir. É sonhar com um futuro que nunca chega. Engravidar a namorada. Ter ciúmes. Odiar Deus porque somos mortais. Ter inveja da amiga mais bonita, do amigo mais forte e inteligente. É cuidar dos netos. É educar os mais jovens e não deixar que eles acreditem nas bobagens que inventam.

Tradição funciona como hábitos que se impõem com a força de um vulcão, de um terremoto, de um tsunami, de uma febre amarela. Nada tem a ver com se pintar como aborígenes pra defender reservas indígenas ou abraçar árvores.

Evolução espiritual é um dos top em quem quer "adquirir" uma tradição. Mas esta nada tem a ver com "buscar" uma evolução espiritual como forma de fugir de filhos que têm febre ou compromissos afetivos. A evolução espiritual verdadeira é algo que nos acomete como uma disciplina aterrorizante.

Teste definitivo: você busca evolução espiritual pra aperfeiçoar seu "euzinho"? Lamento dizer que qualquer evolução espiritual (se existir) começa com você esquecer que seu euzinho existe.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Reportagem Criminosa da RBS TV sobre o SISU – sistema de seleção unificada para as universidades federais. A burguesia pira!

No Jornal do Almoço, de hoje, oito de Janeiro de 2014, RBS TV, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, foi veiculado que “a maioria dos estudantes é contra o SISU/ENEM para o vestibular da UFRGS”!

Mais uma grande mentira do grupo burguês de comunicação! Mais uma prova de que concessão de canal de rádio e televisão para grupos fechados, privados, particulares, nada tem a ver com a verdadeira informação nem com a liberdade de expressão!

A matéria jornalística é visivelmente malfeita! A equipe de reportagem apresentou uma entrevista com cerca de doze estudantes que já estão incluídos no sistema tradicional de vestibular, que prioriza a memorização e o tempo de estudo daqueles podem estudar sem trabalhar.

O argumento apresentado é de que, sendo o SISU um sistema nacionalizado em que os estudantes de qualquer Estado podem disputar vagas em qualquer outro Estado, seria ruim para os estudantes da República Riograndense!

Absurdo! Essa não é a opinião da maioria dos estudantes! Visivelmente é a opinião daqueles doze que foram entrevistados.

Afora a questão da falta de profissionalismo na comunicação, no mérito do próprio SISU, vejo que o Governo Federal, hegemonizado, no Brasil, pelo Partido dos Trabalhadores, vem resolver uma questão de igualdade e justiça há muito preocupante neste país.

Se o ProUni é ainda injusto por discriminar os pobres que tenham feito supletivo particular, o SISU inclui a todos os pobres, valorizando a situação socioeconômica real do vestibulando, independentemente de origem escolar.

Voltando a questão do crime de falsa informação, sem preocupação, claro, com a ausência da tipicidade, faz-se a ligação do fato pela explicação simples de que aquele canal serve aos interesses da pequena burguesia gaúcha, em detrimento da verdade, da luta por justiça e igualdade e da liberdade de expressão!

Como escrevi outra vez, há quase 20 anos, coças o beiço e vês que, do povo, chega a vez!

Pode sapatear burguesia ciumenta e safada! Agora os trabalhadores estão no governo! Vê se enterra, de vez, o seu discurso “meritocratista” que, na verdade, só serve para justificar seu egoísmo por espaço, sua sede de exclusão ou sua inclusão escravista, que dá, aos mais empobrecidos, a chance de respirar e sobreviver, se trabalhar para os seus interesses, como diz, mesmo, Chico Buarque em Deus Lhe Pague.