Vamos ter que saber ouvir e escutar esse barulho das ruas.
Não consegui ver realizar-se a ideia que eu tinha de que os partidos deveriam disputar os movimentos. Partidos somente disputam eleição. As pessoas não querem mais partidos! Os anarquistas venceram e o sinal está aberto para eles. Os anarquistas vão mandar. Os partidos vão prestar serviço enquanto eles quiserem. Prudhon e Bakunin perderam a internacional, mas estão ganhando as ruas! Carlos Drumond, tão bem, resta superado! Não é mais tempo de homens partidos, o tumulto não tem nome e se desenha à fogo!
Quem criou essa anomia foram os próprios partidos que, ao invés de discutirem sempre suas diferenças, vieram fazer coligações tais que comprovam sua similaridade. Perderam o sentido de ser partido. Acomodam-se no poder, todos juntos! Despejam companheiros de luta e correligionários para acomodarem coligados.
Ganhamos, pois, os cargos de governo, quarteados com os partidos de direita e filiando a burguesia no partido. Entregamos o poder político aos "anonymous"!
Se eu não me engano, no curso nacional da Articulação de Esquerda, Esteio/RS, 2012, Valter Pomar disse que em deixando o partido de ser uma referência para a luta dos trabalhadores, a classe dará um jeito de resolver isso.
Vamos ter que viver um dia de cada vez. E obedecer. A ditadura agora é outra. Nunca imaginei que eu fosse assistir isso. E não faço juízo de valor! As coisas são como podem ser. Entregamos a luta e temos que reconhecer isso. E fico feliz, porque está entregue a quem de direito!
Isso era o que eu sentia e pensava no afã do que estava diante dos meus olhos. Atrás da onda, viria a verdade, bem brevemente! Ora, a burguesia induzia mais uma vez os tais "independentes" a destruírem a construção política dos trabalhadores organizados!
É impressionante como o anarquismo, inocente, pode servir ao neoliberalismo organizado!
Cuidemos, amigos! Não sermos massa de manobra nas mãos da direita raivosa!